domingo, 24 de agosto de 2014

ÉTICA E CIDADANIA - "Moradores do Alemão dançam no Theatro Municipal."

Moradores do Alemão vão estudar dança no Theatro Municipal

Luís Fernando Daniel queria aprender a surfar. Larissa de Oliveira Arantes, fazer uma atividade física. Ele sempre ouviu que balé era coisa de menina. Nascidos numa favela do Rio, os dois sempre conviveram com o preconceito. Seus caminhos, porém, se cruzaram em cima do palco. Hoje, Luís, aos 13 anos, e Larissa, aos 10, são os primeiros alunos do projeto social Vidançar, do Espaço Vidarte, a entrar para a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio.
— Os dois já se tornaram uma referência para todos os outros alunos do projeto. Eles se inspiram e veem que também podem conseguir. As pessoas acabam colocando na cabeça dessas crianças que elas não podem, mas ficamos sempre em cima, passando segurança — explica a professora Michelle Marques.
O projeto Vidançar funciona desde 2009 no Complexo do Alemão, onde as crianças moram. Há pouco mais de um ano, o menino procurou o local para começar as aulas de surfe. E foi com a abertura de um espacato (quando o bailarino abre as pernas em sentidos opostos) que foi pescado para o grupo de balé.
— Sinto que caí aqui de paraquedas. Nunca tinha pensado em fazer balé, mas me apaixonei pela dança — contou Luís, que, desde março, pratica diariamente.
O professor da escola, Victor Ciattei, participou da seleção e elogiou a garra do rapaz:
— Ele está progredindo porque tem vontade.
Larissa foi revelada pela ponta do pé. Logo nas primeiras aulas, a professora Michelle notou que a perfeição da sua ponta poderia ir longe. De lá pra cá, em apenas um ano de preparação, ela já foi uma das escolhidas para o mais cobiçado curso de dança do Rio.
— Já tinha ouvido falar, mas nunca tive contato com o balé. Hoje tenho certeza de que quero ser bailarina — afirma Larissa.
Fonte: Site extra.globo.com – dia 24/08/14 06:20 hs

[Comentário ENZO]
Movimentos sociais de inclusão, são na minha opinião, muito importantes para tirar crianças do caminho errado, e uma esperança de um futuro melhor.  Crianças que não teriam a chance de praticar diversas atividades, se tornam excelentes profissionais.

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