sábado, 31 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO - "Clima de escola"

Agosto/2013
Brian Perkins | Edição 196

Clima de escola


Autor de pesquisas que investigam os impactos do ambiente escolar na aprendizagem, Brian Perkins, diretor da Escola de Professores da Universidade de Columbia, fala sobre o desânimo generalizado dos professores e do seu papel para trazer inovações à sala de aula


Paulo de Camargo
Divulgação
Brian em apresentação no Brasil: faltam líderes nas escolas


Diretor do Programa de Liderança em Educação Urbana da Escola de Professores da Universidade de Columbia, em Nova York, Brian Perkins viaja com frequência por diferentes países, entre eles a África do Sul, Brasil e China, para desenvolver consultorias relacionadas às suas áreas de pesquisa, em especial sobre liderança e clima escolar. Em todos os lugares, Perkins percebe pelo menos uma característica em comum entre os professores que encontra: uma grande apatia. A maioria, diz ele, está sem estímulo para se aprimorar e sem sentir prazer em dar aulas.
Médico formado por Yale, Perkins vê nesse desânimo não o problema central da educação, mas apenas um sintoma de que algo realmente não vai bem na área educacional. Por isso, parte de seu trabalho é encontrar formas de levar os educadores a reencontrar, em si, os princípios da mudança e inovar.

Fonte: site Revista Educação (www.revistaeducacao.com.br)

[Comentário ENZO]
Vendo hoje em dia, a escola mudou, mas ela nunca pode parar de acompanhar o tempo. Assim como minha escola mostrou, todo ano ela tenta se aprimorar, se atualizando, fazendo com que, tanto os professores como os alunos se sintam mais motivados, atualizados e interessados.


CIÊNCIAS - "O GPS interior"


O GPS interior
Um talento que não é para todos


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Por que será que algumas pessoas parecem mapas ambulantes enquanto outras poderiam perder-se na sua própria casa? O sentido de orientação depende de intrincados mecanismos cerebrais que os neurocientistas começam a desvendar.
Uma das habilidades do cérebro humano que costuma passar despercebida é a sua capacidade para traçar um mapa do espaço que o rodeia. Fá-lo num piscar de olhos, calculando, no entanto, com grande precisão, as distâncias, dimensões e ângulos. De facto, como consegue alcançar essa exatidão constituía um absoluto mistério até que, recentemente, os neurocientistas descobriram que, na zona encarregada de processar a orientação espacial, situada no córtex entorrinal e no hipocampo, existem centenas de milhares de neurónios especializados que se ativam e lançam um impulso elétrico quando um indivíduo ocupa um lugar concreto. Por outras palavras, enviam ao resto do cérebro a mensagem “estou aqui”.
Ao trabalho destas células, junta-se o dos neurónios de posição da cabeça, que funcionam como pequenas bússolas para detetar em que direção nos estamos a deslocar. Para completar a sofisticada maquinaria cartográfica, o cérebro conta com as chamadas “células em rede”, encarregadas de calcular e registar dimensões e distâncias, e com as células de limite, que detetam as fronteiras das diferentes zonas. Assim, de cada vez que o nosso corpo se movimenta, as células em rede criam um mapa interno do que nos rodeia.
“Parece-se muito com as linhas de latitude e longitude que usamos nas plantas, com a diferença de que, em vez de utilizar quadrículas, o nosso órgão pensante organiza o espaço em triângulos”, esclarece Caswell Barry, do University College London, num estudo sobre o tema publicado na Nature. O resultado é equivalente a andar com um completo sistema de navegação por satélite integrado no cérebro.
Esse GPS cerebral elabora mapas cognitivos que nos permitem, em teoria, ir de uma localização a qualquer outro lugar conhecido dos arredores, visualizando mentalmente o trajeto. Se extraíssemos a informação dos nossos mapas cerebrais e a reproduzíssemos em papel (ou sobre a parede de uma caverna, como faziam os nossos antepassados), poderíamos partilhar indicações geográficas que poderiam ser utilizadas por um turista para organizar uma viagem, por um arquiteto para projetar a construção de um parque ou por um biólogo para explorar uma reserva natural.
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Estamos perdidos!
Quando o sistema encarregado de cartografar o mundo que nos rodeia falha, a vida quotidiana pode tornar-se um autêntico inferno. A prova mais evidente foi encontrada por alguns cientistas da Universidade de Calgary (Canadá), os quais descobriram o primeiro caso de um distúrbio neurológico a que deram o nome de “desorientação topográfica congénita” (DTD). A pessoa afetada era uma mulher de 43 anos que chegava a perder-se na sua própria casa. Desde a infância, os familiares tinham-na levado à escola diariamente e, ao longo de toda a sua existência, nunca conseguira sair à rua sozinha sem se extraviar.
Alertados por essa estranha situação, os investigadores criaram uma página na internet com o objetivo de verificar se se tratava de um caso único. Para sua surpresa, encontraram mais de uma centena de internautas que admitiam ter problemas muito semelhantes.
A desorientação espacial também afeta as vítimas da doença de Alzheimer, embora, no seu caso, seja progressiva e se conheça a causa, que é evidentemente a deterioração da rede de neurónios do hipocampo, essa região do cérebro em forma de cavalo marinho que funciona como sede da função de navegação e da aprendizagem.
Pelo contrário, os taxistas de Londres têm os neurónios espaciais do hipocampo  mais do que desenvolvidos, segundo demonstrou Eleanor Maguire, especialista em neurociência, num estudo desenvolvido na capital britânica. Ao analisar os cérebros dos taxistas londrinos através de ressonâncias magnéticas, Maguire e os seus colegas descobriram que a sua matéria cinzenta aumentava com a passagem do tempo, ultrapassando amplamente o tamanho médio da população.

Leia o resto numa das nossas edições digitais: http://pt.zinio.com/browse/publications/index.jsp?productId=500666894

SUPER 182 - Junho 2013

[Comentário ENZO]
Esse talento, agora estudado e comprovado pelos neurocientistas, sempre me pareceu uma característica normal das pessoas. Desde pequeno, percebo que tenho facilidade para me localizar em ambientes desconhecidos, com isso acabo gostando de atividades que envolvem a orientação no espaço, como por exemplo, o jogo Minecraft, que permite que a pessoa construa um mundo. Gosto também de fazer plantas planas no papel, de uma sala, quarto, cozinha e etc. Minha mãe, comenta que tenho habilidade, para um dia, quem sabe, ser um arquiteto.

Assim, esse GPS interior, é uma habilidade que pode ajudar as pessoas a escolherem suas profissões.